JERUSALÉM – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou na segunda-feira os pedidos para suavizar sua recusa em retirar tropas da área da fronteira sul de Gaza como preço para um acordo de cessar-fogo, dizendo que era vital para Israel controlar uma importante tábua de salvação para o Hamas.

A questão do chamado corredor Filadélfia, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, tem sido um grande obstáculo nos esforços para garantir um acordo para interromper os combates em Gaza e devolver os reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

O Hamas rejeitou qualquer presença israelense, enquanto Netanyahu insistiu que Israel não abandonará o corredor, onde tropas israelenses descobriram dezenas de túneis que, segundo elas, foram usados ​​para contrabandear armas e munições para Gaza.

“O eixo do mal precisa do corredor de Filadélfia e, por essa razão, devemos controlar o corredor de Filadélfia”, disse ele em uma entrevista coletiva em Jerusalém.

“O Hamas insiste por esse motivo que não estejamos lá, e por esse motivo, eu insisto que estejamos lá”, disse ele.

Se Israel saísse do corredor, a pressão internacional dificultaria o retorno, disse ele.

A posição de Netanyahu sobre as negociações, que continuam há semanas sem mostrar sinais de avanço, frustrou aliados, incluindo os Estados Unidos, e aumentou o atrito com seu próprio ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Netanyahu não estava fazendo o suficiente para garantir um acordo de reféns, uma questão que ganhou urgência renovada após a recuperação dos corpos de seis reféns no domingo, apenas horas depois de terem sido mortos a tiros.

Questionado sobre os comentários de Biden, Netanyahu disse que a pressão deveria ser aplicada ao Hamas, não a Israel, principalmente após a morte dos reféns.

“E agora, depois disso, somos solicitados a mostrar seriedade? Somos solicitados a fazer concessões? Que mensagem isso envia ao Hamas? Diz, mate mais reféns”, ele disse.

Ele disse que não acreditava que Biden ou qualquer pessoa séria sobre alcançar a paz pediria a Israel para fazer mais concessões: “Nós já as fizemos. O Hamas tem que fazer a concessão.” REUTERS

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