Deputados brasileiros votaram de forma polêmica A pena de prisão de Jair Bolsonaro foi significativamente reduzidaUma medida que deverá enfrentar oposição considerável dos senadores, do Supremo Tribunal Federal e do presidente esquerdista do país, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma sessão tensa que se transformou em caos, a Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o projeto de lei na quarta-feira.

Se promulgada, a legislação faria com que Bolsonaro cumprisse uma pena de prisão de 27 anos, pouco mais de dois anos, segundo os seus patrocinadores.

Bolsonaro começou a cumprir pena no mês passado Depois de ser condenado por planejar um golpe contra o presidente Lula após sua derrota nas eleições de 2022.

O projeto de lei, aprovado por 291 votos a 148, visa reduzir as penas dos condenados por envolvimento nos distúrbios de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e saquearam o palácio presidencial, o Supremo Tribunal e o Congresso.

A votação seguiu-se de perto a um anúncio do filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flavio Bolsonaro, que anunciou a sua própria candidatura presidencial e iniciou conversações com partidos centristas influentes no Congresso.

O senador Bolsonaro disse controversamente aos repórteres que a independência de seu pai era o “preço” de sua candidatura, embora mais tarde tenha se retratado desses comentários, insistindo que sua candidatura era “irrevogável”.

O deputado brasileiro Glauber Braga (C) fala à mídia após ser afastado da Câmara dos Deputados antes da votação de um projeto de lei para comutar a sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado brasileiro Glauber Braga (C) fala à mídia após ser afastado da Câmara dos Deputados antes da votação de um projeto de lei para comutar a sentença do ex-presidente Jair Bolsonaro. (AFP via Getty Images)

Uma versão inicial do projeto de lei proposto por legisladores de direita da oposição perdoaria os envolvidos em “protestos políticos” após a eleição de Lula, mas o patrocinador do projeto, Paulinho da Forca, descartou conceder-lhes uma anistia total.

Ele disse que não há possibilidade de anistia. “Conversamos com todas as partes e o único projeto viável para acalmar o Brasil é a redução da pena”.

Cerca de 2.000 pessoas foram presas pelo ataque em Brasília, que atraiu comparações com o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA, em Washington. Muitos foram condenados pelo Supremo Tribunal por tentativas de golpe, entre outros crimes.

O projeto deve ser aprovado em uma comissão do Senado e depois em votação no plenário antes de ser encaminhado a Lula para assinatura.

Jair Bolsonaro começou a cumprir sua pena no mês passado depois de ser considerado culpado de planejar um golpe contra o presidente Lula após sua derrota nas eleições de 2022.

Jair Bolsonaro começou a cumprir sua pena no mês passado depois de ser considerado culpado de planejar um golpe contra o presidente Lula após sua derrota nas eleições de 2022. (Imprensa Associada)

Um ministro do governo, que falou sob condição de anonimato, disse que seria difícil impedir que o projeto fosse aprovado no Senado, mas que se espera que Lula o vete – deixando o Congresso com o fardo de tentar anular o veto.

A ministra de Relações Institucionais de Lula, Glacy Hoffman, classificou a votação na Câmara como um “sério golpe”. Ele disse que o projeto mina as leis que protegem a democracia e contesta a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o julgamento dos golpistas, que ainda não foi concluído.

“Este é o resultado de interesses políticos entre a família Bolsonaro e os líderes da oposição”, disse Hoffman.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, fala aos parlamentares durante a caótica sessão

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, fala aos parlamentares durante a caótica sessão (Ap)

O caos irrompeu na Câmara antes da votação, depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou uma votação no plenário do projeto, junto com outras votações para retirar vários legisladores dos títulos da Câmara.

Um desses parlamentares, Glauber Braga, do Partido Socialismo e Liberdade, ocupou a cadeira de Mota em protesto, o que levou o presidente da Câmara a retirá-lo à força da polícia.

Jornalistas afirmaram que foram afastados do plenário durante o tumulto, o que levou três associações de jornalistas a condenarem numa declaração conjunta o que chamaram de “táticas de intimidação” contra a imprensa.

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