A vencedora do Prémio Nobel da Paz deste ano, Maria Corina Machado, está “segura” e chegará a Oslo, mas não poderá comparecer à cerimónia de entrega de prémios marcada para as 12h00 GMT de quarta-feira, informou o Instituto Nobel.

O Instituto Nobel atribuiu o prémio à líder da oposição venezuelana pela sua “luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia” no seu país natal.

Tem havido muita especulação sobre se Machado, que vive escondido, conseguirá desafiar a proibição de viajar para participar na cerimónia na capital norueguesa.

Os organizadores disseram que sua filha aceitará o prêmio.

Numa gravação de áudio partilhada pelo Instituto Nobel, Machado disse: “Estarei em Oslo, estou a caminho”.

No entanto, o diretor do Instituto Nobel, Kristian Berg Harpviken, disse que se esperava que Machado chegasse “em algum momento entre esta noite e amanhã de manhã” – tarde demais para o evento.

Na ausência da mãe, Ana Karina Sosa deverá fazer o discurso preparado por Machado.

Mais cedo na quarta-feira, o Instituto Nobel disse que não sabia o paradeiro de Machado, despertando preocupação entre os seus apoiantes.

Seus dois filhos e sua mãe permanecem em Oslo, na esperança de reencontrar Machado após mais de um ano de separação.

Machado escondeu-se logo após as disputadas eleições presidenciais da Venezuela em julho de 2024.

Ele foi visto em público pela última vez em 9 de janeiro, quando falou aos seus apoiadores em uma manifestação de protesto contra a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato como presidente.

A eleição foi amplamente considerada fraudada pela oposição da Venezuela e no cenário internacional e gerou protestos em todo o país.

Na repressão que se seguiu, quase 2.000 pessoas foram presas, entre elas muitos membros da coligação de oposição de Machado.

Machado, que conseguiu unir uma oposição fortemente dividida antes das eleições, escondeu-se com medo de ser preso.

Ele continua dando entrevistas e postando vídeos nas redes sociais pedindo aos seus seguidores que não desistam.

O anúncio da sua escolha como vencedor do Prémio Nobel da Paz deste ano galvanizou os seus apoiantes e provocou especulações imediatas sobre se ele poderia viajar para Oslo.

O segredo total envolve os seus planos de viagem e não se sabe como conseguiu sair do seu esconderijo ou por que meios chegou à Europa.

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