NOVA DÉLHI/BENGALURU – Há um ano, a profissional de mídia Esha Roy e seus pais se mudaram de sua casa isolada em Chittaranjan Park, um local rico e sofisticado na capital, para um apartamento de três quartos em um condomínio fechado de alta segurança a cerca de 20 km de distância, em Noida.

Embora a família, que falava bengali, tivesse um forte senso de comunidade em seu bairro dominado por bengalis, os pais da Sra. Roy, de 77 e 81 anos, queriam viver em um condomínio fechado e seguro, com comodidades como energia elétrica de reserva e um grupo de encanadores e eletricistas disponíveis de plantão.

A segurança é rigorosa nesses condomínios, com seguranças restringindo a entrada, e os moradores são protegidos das duras realidades da vida indiana, como cortes de energia e escassez de água.

A mãe da Sra. Roy, que costumava ficar dentro de casa em sua casa em Déli, agora sai para uma caminhada diária de manhã e à noite em sua propriedade fechada, onde os moradores também podem usar carrinhos de golfe para ir até o portão principal e voltar. “Meus pais parecem mais felizes aqui. Cada pequeno problema que você tem em casa é facilmente resolvido”, disse a Sra. Roy.

Condomínios como o deles tiveram um aumento dramático na demanda nos últimos cinco anos na Índia. Entre 2019 e 2024, propriedades residenciais nas principais cidades indianas de Bengaluru, Chennai, Hyderabad, Mumbai, Kolkata, Pune e a Região da Capital Nacional ao redor de Nova Déli coletivamente tiveram um aumento de preço de 44 por cento, de acordo com a consultora imobiliária Anarock Group.

A urbanização, o aumento dos níveis de renda e o desejo de ter um espaço de vida maior e mais seguro, intensificados pelas interrupções causadas pela pandemia da Covid-19, desencadearam um aumento acentuado nos preços dos imóveis nas principais cidades da Índia.

O Sr. Prashant Thakur, diretor regional e chefe de pesquisa da Anarock, disse que os fatores que impulsionaram as vendas foram “uma busca incessante pela aquisição de uma casa própria após a pandemia”, auxiliada por novos lançamentos nos segmentos médio e premium por grandes e respeitáveis ​​desenvolvedores, e processos de registro digital mais transparentes.

“Estamos vendo a demanda reprimida se recuperar após a pandemia e o aumento de preço também se deve à baixa barra de preço de 2019”, ele acrescentou, observando que maior responsabilidade legal e menos desenvolvedores inescrupulosos hoje também impulsionaram a confiança do comprador. Ele também atribuiu o aumento do preço à inflação nos custos de construção.

Outro motivo para a alta dos preços é a demanda atual por apartamentos maiores e premium, variando de 111,5 a 371,5 m² ou mais, com varandas arejadas e amplos espaços comuns em condomínios fechados.

Em Gurugram, na Região da Capital Nacional, que recebeu um grande fluxo de profissionais trabalhando em empresas multinacionais como Google e American Express, a demanda tem sido maior por projetos de luxo e ultraluxo.

A gigante imobiliária DLF vendeu US$ 2,6 bilhões (S$ 3,4 bilhões) em apartamentos em três projetos de luxo lançados nos últimos 15 meses.

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