Polícia Federal prende o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto A Polícia Federal prendeu o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto nesta quinta-feira (13). Os investigadores alegaram que ele recebia R$ 250 mil por mês em propina em esquemas criminosos que desviavam dinheiro de aposentados e pensionistas. O ex-procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho, e outros sete suspeitos foram presos. A Polícia Federal cumpriu 63 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal. Veículos, armas e dinheiro foram apreendidos na operação. Investigações da Controladoria-Geral da PF e da União revelaram esquema criminoso de dedução irregular de valores recebidos por aposentados e pensionistas do INSS de 2019 a 2024. O desvio pode chegar a R$ 6,3 bilhões. O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto foi preso em sua casa, em Brasília. Ele está sob investigação desde o início da operação, em abril, quando foi afastado do cargo por decisão judicial e demitido do governo. Segundo a Polícia Federal, análises de interceptações telefônicas identificaram Stefanutto como “italiano”. Segundo a PF, sua participação começou “com a facilitação jurídica para celebração de acordos de cooperação técnica com empresas envolvidas em desvios em 2017”, quando era procurador-chefe do INSS. O relatório da Polícia Federal apontou que Stefanutto recebia propina de R$ 250 mil por mês em troca de sua influência. A maior parte dos repasses foi feita de junho de 2023 a setembro de 2024, quando ele era presidente do INSS. Alessandro Stefanutto passou por audiência de custódia. Na decisão que autorizou a prisão, o ministro do STF, André Mendonça, detalhou as informações da investigação: Stefanutto avaliou e aprovou a manutenção do contrato entre INSS e Conafer – Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais – mesmo após alertas técnicos sobre inconsistências na lista de filiados e na assinatura do aval; Autorizar o processamento dos cadastros enviados pelo conferente sem observar os critérios legais e sem verificar a manifestação de vontade dos beneficiários; Receber pagamentos de empresas associadas ao operador financeiro a pretexto de honorários de consultoria ou assistência técnica; e também usou influência institucional para manter o desempenho criminoso. PF prende ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que investiga esquema de desvio bilionário contra aposentados e pensionistas Jornal Nacional/Reprodução A Polícia ainda procura o presidente da CONAFER, Carlos Roberto Ferreira López. As investigações o identificaram como líder e consultor intelectual do esquema criminoso. Segundo a Polícia Federal, isso exigia a obtenção de assinaturas dos beneficiários por meio de visitas domiciliares, onde os contratados eram orientados a persuadir os idosos a assinar formulários de atualização de dados, que posteriormente foram convertidos em falsos formulários de filiação associativa. Em maio, o Jornal Nacional publicou o depoimento de uma testemunha-chave em 2021 que disse como Confer falsificou documentos para tirar dinheiro de aposentados. Um dos principais beneficiários do esquema, segundo a PF, foi o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho. A investigação identifica Virgílio como “Herói V”, “Amigo V” ou “Advogado” em diálogo interceptado. A Polícia Federal, por meio de violação do sigilo bancário, comprovou que Virgílio recebeu repetidamente propinas no valor de R$ 6.575.000,12 entre 2022 e 2024 por meio de empresas de fachada. A investigação também identificou suborno de republicanos conhecidos como “Herói E” ao deputado federal Euclids Petersen. Segundo a PF, ele recebeu pelo menos R$ 14,7 milhões por meio de transferências fracionadas. Outro alvo é o ex-presidente do INSS José Carlos de Oliveira, hoje conhecido como Ahmed Mohamed de Oliveira. Segundo a PF, diversas das mensagens interceptadas constituem fortes indícios de que o esquema criminoso envolvendo José Carlos Oliveira também funcionou plenamente no período em que ele foi ministro do Trabalho e da Previdência Social no governo Bolsonaro. A polícia irá monitorá-lo com um tornozeleira eletrônica. A investigação apreendeu uma planilha que registrava o pagamento de R$ 100 mil ao “São Paulo Yasser”, que seria José Carlos Oliveira. Segundo o relatório da PF, esse é o pilar institucional que tem permitido a operação da fraude. Após a prisão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto em uma investigação sobre um esquema de desvio de recursos bilionário contra aposentados e pensionistas da PF, os acusados ​​poderão enfrentar acusações de inserção de informações falsas em sistemas oficiais, organização criminosa, fraude previdenciária, corrupção ativa e passiva. A defesa de Alessandro Stefanutto disse não ter tido acesso à decisão que determinou sua prisão e que a prisão foi ilegal porque o ex-presidente do INSS não causou nenhum tipo de constrangimento à investigação. A defesa de Virgílio de Oliveira Filho afirmou que ele se apresentou voluntariamente à polícia e que isso demonstra respeito à instituição e seu compromisso em contribuir para o esclarecimento dos fatos. O deputado Euclid Petersen disse que apoia o trabalho da autoridade e está à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários. A Conafer anunciou que está disposta a cooperar plenamente com as autoridades e que tomará medidas legais para garantir a defesa de seus dirigentes. O Jornal Nacional não obteve resposta ou não conseguiu contato com os demais citados. Mais

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