Em nova reviravolta, o presidente da Câmara de Itagué assumiu mais uma vez a prefeitura da cidade sem que fosse publicada no Diário Oficial a contratação de pelo menos 169 funcionários da Prefeitura de Itagué na Região Metropolitana do Rio, o que motivou uma denúncia de Jesus ao público do prefeito interino da cidade, Ministério Haroldoca. (MPRJ) na última segunda-feira (22). A nomeação teria ocorrido entre junho e novembro, quando a Prefeitura era comandada pelo prefeito eleito Rubão (Podemos), que assumiu o cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubada no final do mês passado. Segundo a denúncia apresentada por Haroldinho, esses funcionários recebiam salários sem publicá-los no Diário Oficial no momento de sua nomeação, o que é obrigatório. A atual gestão diz que o custo mensal desses agendamentos secretos chega a cerca de R$ 1 milhão. Além da denúncia ao MPRJ, a Câmara Municipal determinou a abertura de um inquérito interno, que, segundo Haroldinho, vai apurar outras 300 portarias não publicadas no Diário Oficial. Ele lembrou que, a partir de julho deste ano, uma decisão judicial, em ação movida pelo MP, estipulou a redução de 20% nos gastos com cargos comissionados na cidade. “Sem publicação no Diário Oficial, ficamos cegos para saber para onde está sendo enviado o dinheiro público, mas está sendo tomado o cuidado de responsabilizar os verdadeiros responsáveis, e de saber por que não fizeram essa publicação no Diário Oficial. Em nota, Rubão disse que cumpre integralmente a decisão do tribunal e que sua gestão reduziu quase pela metade os cargos comissionados. Segundo Rubão, todos os agendamentos foram registrados no sistema da Prefeitura e no portal de transparência. Para Marina Atozzi, diretora da ONG Transparência Brasil, porém, a falta de publicação no Diário Oficial é uma grave irregularidade. “Assim que uma nomeação não é publicada no Diário Oficial, ela se torna juridicamente nula e sem efeito. E aí justamente cancelamos essas nomeações, cancelamos os pagamentos dessas pessoas, inclusive a devolução desses bens ao erário público, e fizemos uma propaganda muito forte”. Instabilidade política A denúncia apresentada pelo prefeito interino é mais um capítulo de uma série de problemas políticos ocorridos recentemente em Itague. A cidade de Itaguaí é alvo de incertezas a partir de 2024, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contestou a candidatura de Rubão por entender que ele disputava um terceiro mandato. Mais votado nas eleições do ano passado, Rubem Vieira já ocupou o cargo durante seis meses em 2020, quando era presidente da Câmara, após o impeachment do prefeito e dos deputados da época. Por isso a cidade está ordenada por Haroldinho, até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclua o julgamento, o que pode levar a novas eleições na cidade. Durante a gestão Rubão, entre junho e novembro deste ano, a cidade viveu intensas disputas políticas entre Câmara e Prefeitura. Os vereadores chegaram a iniciar um processo de impeachment, que ficou paralisado na Justiça devido a indícios de uso de inteligência artificial na elaboração de documentos.

Source link

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui