‘Quem apoia o nazismo não vai cantar no SP’, disse Nunes sobre show de Kanye West O show do rapper americano Kanye West — conhecido como “Ye” — foi oficialmente cancelado nesta quinta-feira (20) após polêmica em torno do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e até investigação instaurada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O cancelamento do show, que estava previsto para acontecer no dia 29 de novembro, foi anunciado em rede social pela Holding Entertainment and Networking, produtora responsável pela organização. A apresentação deveria acontecer originalmente no Autódromo de Interlagos, mas a organização responsável pela organização do evento disse que teve que mudar o local após a suspensão de Nunes. Segundo o prefeito, a capital não permite qualquer atividade em estabelecimentos públicos envolvendo artistas que apoiam o nazismo. ✅ Clique aqui para acompanhar o canal g1 SP no WhatsApp Kanye West é alvo de críticas desde 2022, quando fez repetidas declarações antissemitas, elogiou Adolf Hitler em entrevistas e foi temporariamente banido da plataforma digital. As declarações resultaram em uma separação comercial entre a grande marca e o artista. “Temos feito todos os esforços para garantir a realização do evento, embora já tenham sido pagos os honorários do artista, a taxa de utilização do autódromo e demais despesas necessárias, infelizmente, a autorização de utilização do autódromo de Interlagos foi revogada, unilateralmente, pela administração pública, completamente fora do nosso âmbito”, diz citação do comunicado. O produtor disse ainda que, além da violação do contrato de utilização do espaço, ficou claro nas últimas semanas que o clima político do município não permitirá a realização do espetáculo. “Não tivemos outra escolha. Respeitamos muito esses poderes, mas discordamos dessa atitude, pois um espetáculo dessa magnitude dá acesso à cultura, ao entretenimento e impulsiona a economia da cidade.” Nas redes sociais do “Movimento Urbano”, nome do evento que vai receber o artista, a empresa disse ainda que o reembolso para quem comprou os bilhetes “será garantido para quem não quiser esperar por uma nova data”. “Garantimos que todos os valores pagos pelos torcedores serão reembolsados ​​de forma integral, segura, organizada e transparente. Para tanto, em até 24 horas, todos os clientes receberão instruções detalhadas sobre a política de reembolso através do e-mail e/ou WhatsApp cadastrado no momento da compra.” Kanye West fala em vídeo de campanha para Presidência dos EUA Reprodução/Twitter/Kanywest MP Investigation Na semana passada, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação civil para impedir que o rapper americano Kanye West promovesse discursos de ódio, cantasse músicas ou usasse símbolos associados ao nazismo. De acordo com a investigação conduzida pela Procuradoria dos Direitos Humanos, o MP considera que “existe uma elevada possibilidade de discriminação no futuro que poderá ser bastante extensa, causando danos sociais e morais coletivos”. A portaria foi assinada no dia 13 de outubro pela promotora Ana Beatriz Pereira de Souza Frontini, que determinou que os produtores de eventos notificassem os produtores de eventos para evitar qualquer manifestação de cunho antissemita – ou seja, preconceito ou ódio contra o povo judeu. O procurador disse que, embora o direito à liberdade de expressão seja garantido pela Constituição, “não é absoluto” e deve ser exercido dentro dos limites legais e éticos. Ele escreveu: “O discurso discriminatório contra os judeus ultrapassa os limites da liberdade de expressão”. Neste caso, a música ‘Heil Hitler’, o uso de camisetas com a suástica ou qualquer outro símbolo nazista, dirigida ao público em geral, por meio de redes sociais ou qualquer outro meio de comunicação, será classificado como crime decorrente de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem nacional. O promotor também determinou que a Polícia Militar colocasse uma equipe de prontidão durante o show para prender o artista e o produtor por danos morais coletivos, que valem o show, segundo o MP, os agentes conhecidos como Guilherme Cavalcante e Fabulouz Ramos foram apontados como responsáveis pelo “Festival do Movimento Urbano 2025”. Na portaria, o promotor disse que, embora o direito à liberdade de expressão seja garantido pela Constituição, ele deve ser aplicado “dentro dos limites legais e morais”. ultrapassa os limites da liberdade de expressão. Ricardo Nunes (MDB) discursa na Alespe após receber colar da deputada Carla Morando, esposa do secretário municipal Orlando Morando. Polêmica Prakash/Alesop Na segunda-feira (10), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), mencionou o show do rapper norte-americano Kanye West, marcado para 29 de novembro na capital paulista, afirmando que a cidade não aprovará nenhuma atividade em estabelecimentos públicos envolvendo artistas que apoiam o nazismo. “Nos espaços públicos da Prefeitura, ninguém que apoia o nazismo tocará ou cantará uma única palavra. Não aceitamos isso e faremos tudo o que for necessário para garantir que não permitiremos que qualquer pessoa que apoie o nazismo tenha qualquer atividade na cidade de São Paulo”, disse Nunes. A apresentação deveria acontecer originalmente no Autódromo de Interlagos, mas a organização responsável pela organização do evento informou esta semana que o local teria que ser mudado. A declaração ocorre após a confirmação de conversas para o rapper fazer um show na capital e reação negativa devido às declarações e postura do artista nos últimos anos. Assista aos vídeos que estão em alta no G1 A declaração sobre o programa ocorreu durante entrevista a repórteres em evento na capital em homenagem aos 90 anos do jurista Yves Gandra. Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que, após tomar conhecimento da história e das polêmicas envolvendo o cantor Kanye West, notificou oficialmente os organizadores da retirada da aprovação do evento no dia 8 de outubro, às 16h06. “O prefeito Ricardo Nunes já disse que a atual gestão não permitirá eventos com conotação racista ou que apoiem o nazismo ou qualquer outra conduta criminosa nas instalações municipais. A administração do Autódromo de Interlagos insiste que a taxa paga (a título de depósito de 20%) pela organização do evento seja paga”, afirmou. Procurada, a Holding Entertainment and Networking, produtora responsável pela organização do programa, não respondeu até a última atualização desta reportagem. Trial AP Photo de Kanye West Diddy / Michael R. Sisak participou deste

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