LONDRES (Reuters) – A Suíça disse nesta sexta-feira que está “inequivocamente” comprometida com sanções contra a Rússia depois que Berna decidiu não adotar integralmente o mais recente pacote de restrições imposto pela União Europeia.

O governo suíço disse esta semana que iria optar por não cumprir uma exigência que visa subsidiárias de empresas que operam em países terceiros, provocando críticas do embaixador dos Estados Unidos em Berna, que a chamou de “decepcionante”.

A cláusula em questão é uma obrigação para as empresas de garantir que as suas subsidiárias que operam noutros locais não prejudicam as sanções da UE.

“A cláusula apenas exige que as empresas evitem a evasão através das suas subsidiárias, da melhor forma possível. Não será muito claro para as empresas quais as medidas que são obrigadas a tomar”, disse a Secretaria de Estado dos Assuntos Económicos (SECO) à Reuters.

O governo consideraria adoptar uma versão no futuro se fosse mais precisa, acrescentou SECO, o departamento governamental que supervisiona o regime de sanções da Suíça.

“A Suíça está inabalável e inequivocamente comprometida com sanções contra a Rússia”, acrescentou.

A decisão desta semana suscitou críticas e preocupações de que os comerciantes de matérias-primas baseados na Suíça que estabeleceram operações noutros locais possam continuar a fazer negócios com a Rússia.

“A decisão do Conselho Federal de não adotar ontem todos os componentes do 14º pacote de sanções da UE é decepcionante e esperamos que funcione para colmatar a lacuna que permite às subsidiárias estrangeiras escapar às sanções”, disse o embaixador dos EUA, Scott Miller, num comunicado. REUTERS

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