RIAD, ARÁBIA SAUDITA, 10 de dezembro (Reuters) – O presidente da La Liga, Javier Tebas, reiterou nesta quarta-feira suas ambições de sediar jogos da liga no exterior e sugeriu a Arábia Saudita como um possível local, apesar dos planos anteriores que atraíram forte oposição na Espanha.
“Ainda é nosso objetivo[sediar jogos da La Liga no exterior]. Continuamos nos aproximando do nosso objetivo e esperamos poder alcançá-lo em breve”, disse Tebas durante a Cúpula Mundial do Futebol em Riad.
“Atualmente há discussões na FIFA sobre a criação de regras que permitiriam a realização de jogos nacionais no exterior, e veremos como isso se desenvolve, mas continuaremos nossos esforços.”
A La Liga propôs realizar a partida entre Barcelona e Villarreal em dezembro, no Hard Rock Stadium de Miami. No entanto, o plano desmoronou devido a intensas críticas internas, protestos de jogadores e contestações legais.
Os críticos argumentaram que a realização de jogos do campeonato fora da Espanha comprometeria a integridade do formato casa e fora.
O Real Madrid, um dos adversários mais veementes, apresentou uma queixa ao Ministério do Esporte da Espanha, acusando a La Liga e a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) de ignorar os clubes no processo de tomada de decisão.
Jogadores de todas as equipes protestaram ficando imóveis durante o pontapé inicial, mas suas ações foram omitidas da transmissão oficial.
“Um jogo em 380 não é nada. Isso realmente nos ajudará a desenvolver nosso produto audiovisual”, disse Tebas. “Queremos levar isso não só aos Estados Unidos, mas também à Arábia Saudita. Esse continua a ser o nosso objetivo e cada vez estamos mais perto de alcançá-lo.”
A UEFA aprovou relutantemente a proposta de Miami, mas a FIFA, que tem a autoridade final, nunca deu luz verde final. A posição do governo sobre permitir a realização de jogos do campeonato nacional fora do território ainda não foi determinada.
Apesar do revés, Tebas manifestou confiança na superação da resistência. “Acredito que podemos conseguir isso na próxima vez”, concluiu. Reuters


















