CAIRO – Ataques militares israelenses na Faixa de Gaza mataram pelo menos 61 pessoas no espaço de 24 horas, enquanto as forças israelenses lutavam contra militantes liderados pelo Hamas no território.

Onze meses após o início da guerra, inúmeras rodadas de diplomacia falharam até agora em fechar um acordo de cessar-fogo para pôr fim ao conflito e trazer a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, bem como de muitos palestinos presos em Israel.

Um ataque aéreo israelense ao complexo escolar Halima al-Sa’diyya, que serve de abrigo para pessoas deslocadas no campo de refugiados urbanos de Jabalia, matou pelo menos oito pessoas e feriu outras 15, disseram médicos.

O exército israelense disse que o ataque teve como alvo um centro de comando do Hamas dentro do complexo. Ele acusou o Hamas de explorar repetidamente civis e infraestrutura civil para propósitos militares, uma alegação que o Hamas nega.

Mais cinco pessoas foram mortas em um ataque a uma casa na Cidade de Gaza.

Os braços armados dos grupos Hamas, Jihad Islâmica e Fatah disseram que lutaram contra tropas israelenses na Cidade de Gaza, em áreas centrais e no sul com foguetes e morteiros antitanque e, em alguns incidentes, detonaram bombas para atingir tanques e outros veículos do exército.

Os dois lados em conflito continuaram a culpar um ao outro pelo fracasso dos mediadores, incluindo Catar, Egito e Estados Unidos, em negociar um cessar-fogo.

Os EUA estão se preparando para apresentar uma nova proposta, mas as perspectivas de um avanço parecem sombrias, pois as diferenças entre os lados continuam grandes.

O diretor da Agência Central de Inteligência, William Burns, principal negociador dos EUA, disse em um evento em Londres que uma proposta mais detalhada seria feita nos próximos dias.

As vacinações continuam

Em 5 de setembro, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que era responsabilidade tanto de Israel quanto do Hamas, que governava Gaza antes da guerra e foi responsável pela onda de assassinatos em Israel em 7 de outubro que a desencadeou, fazer concessões para chegar a um acordo.

Em 7 de setembro, o alto funcionário do Hamas, Hossam Badran, disse que o grupo não fez novas exigências e continua comprometido com a proposta de 2 de julho apresentada pelos EUA, acusando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de impor novas condições que não acabariam com a guerra.

O Sr. Netanyahu diz que foi o Hamas que introduziu condições inaceitáveis.

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