MADRI (Reuters) – O número de migrantes que chegam às Ilhas Canárias espanholas em navios precários vindos da África Ocidental atingiu um recorde anual histórico, com 41.425 chegadas entre 1º de janeiro e 30 de novembro deste ano, mostraram dados do Ministério do Interior nesta segunda-feira.

As sete ilhas ao largo da costa atlântica do noroeste de África estão a lutar para absorver o aumento de migrantes irregulares que chegam em barcos abarrotados e abertos em busca de melhores oportunidades na Europa.

Com um mês de 2024 ainda pendente, este é o segundo ano consecutivo que o arquipélago, uma linha da frente na luta da Europa para conter a migração, regista um número recorde.

Mali, Senegal e Marrocos foram as três principais nacionalidades de migrantes que chegaram às Canárias, de acordo com os dados mais recentes até Outubro da agência de fronteiras da União Europeia, Frontex.

Procurando inverter a tendência, a Espanha solicitou à Frontex que retomasse uma operação de vigilância aérea e marítima que terminou em 2018 na Mauritânia, no Senegal e na Gâmbia.

No ano passado, chegaram 39.910 migrantes, superando o recorde anterior de 2006.

A rota do Atlântico é especialmente perigosa porque o mau tempo do oceano pode facilmente virar as frágeis jangadas, pirogas e botes utilizados pela maioria dos migrantes.

Entre Janeiro e Outubro, as Canárias registaram o aumento mais rápido nas chegadas por via marítima na UE, apesar de as chegadas de migrantes ilegais no bloco terem diminuído globalmente, mostraram os dados da Frontex. REUTERS

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