O coletivo memora reúne pesquisas como o mestrado do historiador Luis Eduardo Oliveira, que investigou a relação entre Cabo Verde ao sul de Minas e o país africano de mesmo nome. Pesquisadores de Cabo Verde (MG) criaram um corpus para reunir pesquisas sobre as origens africanas da cidade. Segundo pesquisas recentes, os negros escravizados do município do Sul de Minas Gerais não nasceram no país africano de mesmo nome. ???? Participe do canal g1 Sul de Minas no WhatsApp Segundo pesquisa de mestrado defendida pelo historiador Luis Eduardo Oliveira na Universidade Federal de Alpenas em setembro deste ano, negros escravizados foram removidos para Cabo Verde, sul de Minas. Outros países africanos. O grupo de investigação Município de Memora investigou a origem africana da reprodução/produção de Cabo Verde, logo depois passaram pelas ilhas de Cabo Verde, onde foram registados. Localmente, receberam o título de “Cabo Verde”. “Sabemos pelas pesquisas que havia negros de Angola, do Congo, de Moçambique, mas claro que a ilha de Cabo Verde não era um ponto de escravatura, mas sim um ponto de partida, desembarque e abastecimento”, explica, incentivando os novos a organizar as pesquisas existentes, os pesquisadores Luis Eduardo Oliveira e Lydia Torres criaram o coletivo memória, Oralidad e Ancestralidad (Memora). As pessoas se reúnem com histórias, com projetos para tentar quebrar esse apartheid estrutural”, afirma a antropóloga Lidia Torres. Uma das conexões estabelecidas para aprofundar esse tema no Brasil e em Cabo Verde na África foi com o embaixador do país no Brasil, José Pedro Máximo. Representante de Chantre D’Oliveira esteve presente no 158º aniversário em Cabo Verde Sul este ano Por ocasião dos homónimos Câmara Municipal de Cabo Verde, Embaixador. Participei de um encontro com a antropóloga Lydia Torres e o historiador Luis Eduardo Oliveira para discutir a relação entre os dois lugares que encontrei”, disse. Espaços de Memória Negra Destruídos Enquanto cursava o mestrado, o professor Luis Eduardo Oliveira publicou o documentário “Nas Contas do Rosário: Espaços de Memória, Fé e Existência Negra em Cabo Verde” em maio deste ano, recuperando dois espaços ocupados por negros que estavam destruídos em Cabo Verde. “A rejeição dos negros e dos povos indígenas nas estruturas físicas, políticas, mas principalmente religiosas da cidade é um dos reforços deste discurso colonial. Práticas que desejam excluir essas contribuições Colectiva”, a antiga igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o seu cemitério constituíam uma igreja no centro da cidade onde os cabo-verdianos negros realizavam os seus rituais. Também destruído. Além de operar o Parque Infantil onde existia a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e um cemitério na Cabo Verde Productions/Eleven Productions, o documentário mostra a casa onde se reunia a Irmandade em Louvor de Nossa Senhora do Rosário. Um banco agrícola foi criado na terra. Presença Não Branca O documentário “Quando Caiapó morde a ferramenta: Presença e resistência negra e indígena em Cabo Verde, Minas Gerais” reúne a investigação de Lydia Torres e Luis Eduardo Oliveira sobre a presença indígena respeitada pelos negros no município. Na produção, o historiador e antropólogo registrou as festas dos cayapós, celebradas pelos negros para marcar a presença dos indígenas em Cabo Verde. A produção traz ainda uma entrevista com o pesquisador do município vizinho de Muzambinho, Tarcio de Souza Gaspar. Comentários históricos sobre os registros da comunidade quilombola do sul de Minas. Veja também: No palco: Paola Paes traz novidades para as telinhas e telinhas do Sul de Minas Veja mais novidades da região no g1 Sul de Minas