VILNIUS (Reuters) – Os legisladores da Letônia adiaram nesta quarta-feira a votação para a retirada de um pacto europeu que visa combater a violência contra as mulheres até depois das eleições parlamentares de outubro próximo, uma medida saudada pelo primeiro-ministro, que se opõe a abandonar o acordo.
Em 30 de Outubro, o partido da oposição, acompanhado pelo Partido Conservador, no poder, promoveu uma votação para retirar a Convenção de Istambul, que define a violência contra as mulheres como uma violação dos direitos humanos.
Os opositores ao tratado opõem-se ao texto do tratado, que define o género como uma prática social, e argumentam que a legislação interna da Letónia já proporciona protecção suficiente contra a violência contra as mulheres. Na semana passada, milhares de apoiantes do tratado manifestaram-se em Riga contra a retirada.
O presidente Edgars Rinkevich recusou-se a autorizar a retirada. O Parlamento poderia aprovar o projeto em outra votação, mas os legisladores aceitaram o pedido de Rinkevich para agendar uma nova votação após as eleições do próximo ano.
O primeiro-ministro Evica Sirina classificou o adiamento como “uma vitória para a democracia, o Estado de direito e os direitos das mulheres”.
“Esta é uma vitória para o povo letão. A Letónia é um parceiro e aliado confiável e permanece leal aos valores europeus”, escreveu ela no X. REUTERS.


















